quarta-feira, 3 de julho de 2019

Dulcíssima sonoridade


                                                                                                       Foto: Carlos Carvalho Cavalheiro
Ela bate o tambor
Tão doce
Como a cana permite sua dor
Para produzir o melaço.
Ela bate o tambor
Tão doce
Como a abelha que a cada gota de mel
Extrai de si mesma um pedaço.
Dulcíssima sonoridade...
Que embala, que bate, que luta
E planta
Afetividade.
Ela bate o tambor
Tão doce
Porque sabe que essa é a língua perdida
De seus ancestrais.

03.07.2019

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