sábado, 12 de outubro de 2019

Marcas na pele


          Vidas dilaceradas
          Corrente de elos rompidos
          O lar que se torna apenas paredes
          Como são todas as prisões.
          A incompreensão e a violência,
          A intolerância e a brutalidade,
          Carimbando marcas na pele
          Como se fossem ferros em brasa
          Atestando a ausência de liberdade.
          Os gritos abafados, a vergonha contida
          O sonho que se converte em fel amargo.
          Quanto ainda resta de tempo?
          Quanto ainda resta de gente
          No corpo que carrega marcas
          Que o espelho bem conhece
          E a alma esconde nas profundezas?
              
25.05.2019

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