quarta-feira, 4 de julho de 2018

CLANDESTINO



A escuridão
É o meu caminho natural.
Não tenho sombra.
A noite é o meu reino.
O meu grito
Foi a minha sentença de morte.
Fujo.
As ruas conhecem meus passos.
Vejo batom
Em todas as bocas.
Vermelho,
Como é o meu sangue,
Cobiçado por alguns.
Mudei de nome,
De vida, de casa...
Clandestino,
Em meu próprio mundo.
Estrangeiro,
Em meu próprio país.


30. 12. 1994

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