quarta-feira, 4 de julho de 2018

Ergástulo



A fumaça
O planeta
As embalagens
Tudo o que contém
E tudo o que detém.
A carne
O capitalismo
O incessante trabalho,
A gravata apertada
E o relógio que vomita
Com sarcasmo as horas
Que não vivemos.
A obsolescência programada
A necessidade criada
E a falta de dinheiro.
A miséria
A fome
O medo.
Do minúsculo ergástulo
Somente o raio de sol,
Que fere o corpo da escuridão,
Penetrando pelas frestas das grades,
Faz lembrar a existência de um lugar
Chamado de Liberdade.

27.07.2017

Carlos Carvalho Cavalheiro

Poesia classificada em 2º Lugar no V Prêmio Literário Cidade Poesia, promovido pela ASES – Associação de Escritores de Bragança Paulista / SP, 2017.

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