As
gavetas onde guardas
Teus
projetos, escritos e poemas
É
em verdade o cárcere d’alma,
As
celas que sufocam o grito
E
a melodia do hino da Liberdade.
Quebra
as gavetas, liberta-te
Faz
com que tuas palavras voem
Até
descobrirem o limite do infinito.
Não
almejo de ti um gesto heróico,
Mas
antes, um ato humano apenas.
Rasga
teu peito com a voracidade
De
quem quebra o último grilhão.
Não
nos resta nada mais, nada mais
Do
que a tradução de nossas dores,
E
também das alegrias vividas,
Nas
palavras que campeamos e colhemos
Para
ornamentar o nosso testamento.
Que
as folhas não envelheçam nas gavetas,
Pois
velhas e amareladas elas simbolizam
A
alma emoldurada em nossa carne.
Que
as palavras saltem de folhas brancas,
Novas
e viçosas, porque assim serão
O
reflexo de nossa eterna juventude.
E
o estandarte que tremula no ar,
Amando
o vento com a sua cor,
Será
o da esperança e da liberdade.
28.05.2017
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